Foto: Anna Cléa Maduro

Comissão deverá avaliar implementação de novo modelo nas Escolas Parque

Uma comissão formada por pais, gestores, Conselho Distrital de Promoção e Defesa dos Direitos Humanos (CDPDDH), Sindicato dos Professores do DF (SINPRO –DF) e parlamentares será criada para acompanhar a implantação do novo modelo nas Escolas Parque no Distrito Federal, que tem início previsto para o dia 6 de março. O intuito é avaliar e propor alterações para o projeto ainda no segundo semestre do ano letivo. A ideia surgiu na manhã desta quarta-feira (22), após a audiência pública para discutir as mudanças propostas pela Secretaria de Educação do Distrito Federal ao projeto idealizado por Anísio Teixeira.

Na ocasião, o autor da iniciativa, prof. Reginaldo Veras (PDT), que presidiu no último biênio a Comissão de Educação, Saúde e Cultura (CESC) da Casa, informou que assim que a CESC estiver formada solicitará ao novo presidente que peça ao Tribunal de Contas do Distrito Federal (TCDF) que crie ou forneça corpo técnico especializado para acompanhar o trabalho de avaliação que a futura comissão deverá realizar.

Falta de diálogo – Foto: Anna Cléa Maduro Foi unanime entre os que participaram do debate que o governo não dialogou com a comunidade escolar e com os profissionais e gestores da área antes de decidir, de forma verticalizada, a mudança do atual modelo.

Para o presidente do CDPDDH, Michel Platini, a pasta tem dado claras demonstrações de desrespeito aos alunos, professores e pais. Além disso, segundo Platini, a Secretaria violou os princípios da gestão democrática ao mudar o projeto pedagógico sem discutir com a comunidade.

“A Secretaria de Educação não dialogou, não abriu espaço para ouvir a comunidade escolar. Além disso, não realizou levantamento de demandas para saber qual a real necessidade de ensino integral”, disse Platini. “A Câmara precisa realizar ações estruturantes para barrar esse governo que não dialoga com a comunidade.  Precisamos possibilitar que os estudantes continuem a receber os atendimentos prestados nas Escolas Parque”, completou.

A representante do SINPRO, Gilza Ricardo, ressaltou que no final de 2016 toda comunidade escolar foi pega de surpresa com a notícia da mudança nas Escolas Parque. Segundo ela, “faltou sensibilidade e sobrou autoritarismo”. Gilza, aproveitou para ressaltar que o sindicato defende e lutará para que o modelo seja ampliado, não reduzido, como quer o governo.

A professora, artista e ex-aluna da Escola Parque, Kashi Mello, num depoimento enérgico e emocionado, destacou a importância do modelo e aproveitou para salientar que as escolas no DF não estão preparadas para estabelecer de forma plena o ensino em tempo integral. Segundo ela, é preciso investir em mais escolas, possibilitar o acesso à arte e cultura para que possamos formar cidadãos plenos.

Também participaram do debate a deputada federal Érika Kokay; a professora da Escola Parque 314 Sul, Ana Maria Araújo; a representante dos pais de alunos das escolas Parque, Flávia Ribas e a representante dos professores das Escolas Parque, Leonice Pereira.

Foto: Anna Cléa MaduroEntenda a situação – o início do mês o Tribunal de Contas do DF atendeu ao recurso do GDF e derrubou a medida cautelar que suspendia as mudanças nas unidades e ainda determinou que a pasta comprove, em 60 dias, que possui estrutura suficiente para aderir ao programa Novo Mais Educação. Além disso, a secretaria deve mostrar que os espaços são adequados para descanso, alimentação, higiene e acessibilidade, e que o quadro de profissionais é suficiente.

Com a decisão, o ensino integral para estudantes de 17 escolas classe da Regional de Ensino do Plano Piloto e do Cruzeiro, com contraturno nas escolas parque das Asa Sul e Asa Norte, está confirmado para este ano letivo. Atualmente, são oferecidas, uma vez por semana, atividades como artes, música, natação e educação física para cerca de 3,9 mil alunos matriculados no ensino fundamental da rede pública. Com a mudança o número de crianças atendidas nos projetos culturais cairá de 3,9 mil para 2,8 mil, cumprirão dez horas diárias — cinco delas na Escola Parque, de segunda a sexta-feira.

 

 

 

 

 

Ísis Dantas, da Assessoria de Imprensa

Sobre Ísis Dantas

Formada em Comunicação Social/ Habilitação Jornalismo pela Universidade Católica de Brasília em 2004 e estudante de Comunicação e Marketing. Ísis Dantas trabalha como assessora de imprensa na Câmara Legislativa há quase 15 anos - desde 04 de setembro de 2006. Atualmente assessora o deputado Prof. Reginaldo Veras (PDT), reeleito para seu segundo mandato parlamentar.

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