O projeto de lei nº 182/2015, que trata da reestruturação das regiões administrativas do Distrito Federal, voltou a ser tema de pronunciamentos no plenário da Câmara Legislativa nesta quarta-feira (4).
Para o deputado Prof. Reginaldo Veras (PDT) é importante que haja uma restruturação das administrações regionais. Entretanto, ele ressalta que o assunto precisa ser mais bem debatido na Casa.
“Para fazer um melhor gerenciamento do serviço público, já apresentei uma emenda ao projeto e peço apoio aos Srs. Parlamentares para que essa emenda vá adiante e passe a fazer composição dessa lei. A emenda basicamente determina que 70% dos cargos comissionados ou não comissionados nas administrações regionais sejam exercidos por pessoas concursadas”.
Segundo Veras, o primeiro objetivo é fazer com que as administrações deixem de ser cabide de emprego e barganha eleitoral com o Poder Executivo por parte do Legislativo. Outro ponto levantado pelo parlamentar é o fato de que cada vez que o administrador é trocado, trocam-se junto os cargos comissionados e com isso os serviços públicos essenciais à população do Distrito Federal acabam sendo interrompidos
“Se o governo e esta Casa estão buscando moralização, essa é a oportunidade de fazermos e contribuirmos para isso. Por isso peço apoio a essa emenda ao projeto”, disse.
Visita ao Hospital Regional de Ceilândia – Reginaldo Veras aproveitou o comunicado de parlamentares para relatar aos deputados que pela manhã esteve no Hospital de Ceilândia fazendo uma visita informal.
“Escolhi o Hospital de Ceilândia porque é o local onde eu vivi a maior parte da minha vida e conheço muito bem”, disse. “A ala neonatal, a de cirurgia e a de atendimento básico do hospital estão funcionando bem. O Hospital foi reformado, não graças ao dinheiro público, mas graças a um convênio com a Universidade Católica. A instituição procedeu com a reforma para que seus estudantes possam utilizar aquele espaço. O HRC está funcionando bonito, mas é insuficiente. É urgente que se construa o segundo Hospital Regional de Ceilândia, até porque 40% dos atendimentos – fiz lá um levantamento – são de pessoas do Entorno, do sudoeste de Minas Gerais e do oeste da Bahia. É o SUS – Sistema Único de Saúde que garante esse atendimento, e o Distrito Federal tem que se preparar. Para tanto, é urgente e necessária a construção do segundo Hospital Regional de Ceilândia”, afirmou.
Segundo o parlamentar existem duas realidades no HRC. “Nesse mesmo hospital encontrei duas realidades: uma que funciona e a outra que é caótica, deprimente! Tenho certeza de que essa não é uma situação exclusiva do Hospital de Ceilândia, é de todos os prontos-socorros do Distrito Federal. Lastimável!”, lamentou. “Encontrei dois alunos – por onde ando tenho prazer de encontrar meus alunos –, e ambos estavam em busca de atendimento na ortopedia. Era 12h30 e perguntei: “A que horas vocês chegaram?”. Responderam: “Às 7h30min.” Tente imaginar o que é uma pessoa com uma fratura, com uma lesão, ter que esperar de 7h30 a 12h30, e não havia previsão de quando seriam atendidos”, exemplificou.
O deputado ainda destacou que a Casa precisa pressionar o governo e exercer sua função fiscalizadora.
“Eu, como Presidente da Comissão de Educação, Saúde e Cultura (CESC), tenho obrigação redobrada em relação a isso. Vou trabalhar para que a CESC seja reconhecida como um espaço importante para que as questões relativas às áreas citadas sejam debatidas e que soluções sejam encontradas o mais rapidamente possível”, finalizou.
Ísis Dantas
Assessoria de Imprensa