O líder do Bloco Sustentabilidade e Trabalho, deputado Prof. Reginaldo Veras (PDT), utilizou a tribuna na tarde desta quarta-feira (5) para fazer um desabafo em razão do incidente ocorrido no início da semana no Centro de Ensino Médio nº 1 de Planaltina, conhecido como Centrão, onde um ex-aluno foi eletrocutado ao tocar no portão da unidade de ensino.
Veras, que visitou a escola no período da manhã, informou que remanejará recursos, através de emendas ao orçamento, para resolver a questão.
“Hoje, visitando escolas em Planaltina, fui chamado às pressas pela diretora da Regional de Ensino daquela Região Administrativa para tentar sanar ou minimizar o problema do Centro de Ensino Médio nº 1”, disse. “Para nossa sorte esta semana está sendo feita a portaria do Programa de Descentralização Administrativa e Financeira (PDAF), e junto com o deputado Wasny, meu colega na Comissão de Educação, Saúde e Cultura (CESC), estou enviando um pequeno valor através de emenda ao orçamento para a Regional de Ensino. Pedimos para que os valores sejam remanejados para aquela unidade de ensino em caráter de urgência para que possamos resolver logo o problema”, completou.
Em tom de descrença, o parlamentar ainda fez uma observação. Para ele, “a grande questão é que quem precisa resolver problemas como esse é o Estado e não o Parlamento”.
“É angustiante ver um problema simples, que qualquer cidadão resolveria em sua casa, mas que o Estado não consegue resolver”, lamentou. “A defesa Civil esteve na escola e de forma muito sensível ao invés de fechar a unidade de ensino, de impedir o acesso a ela, pediu que fossem feitos reparos emergenciais até que a reforma da parte elétrica fosse resolvida. Numa avaliação preliminar os reparos necessários podem ser feitos a um custo de R$100 mil. E aí eu pergunto, o que são R$100 mil para um orçamento bilionário que nós temos? Sabemos de todas as dificuldades orçamentárias enfrentadas pelo Distrito Federal, mas trata-se da mais importante escola da região norte do DF”, disse.
Segundo Veras, a Secretaria de Educação, através de seu departamento de Engenharia, esteve no local e disse que não há o que fazer e que não farão nada.
“Não dá para engolir esse tipo de coisa. Como é que o Estado diz que não há o que fazer e não fará nada? ”, questionou. “Eles disseram dane-se. Por isso, digo que há momentos em que me pergunto o que os deputados estão fazendo nesta Casa, tal é a nossa impotência diante de um Estado que é incapaz de resolver problemas elementares da população”, finalizou.
Ísis Dantas, da Assessoria de Imprensa