A desocupação do Centro de Ensino Médio Ave Branca (CEMAB), realizada pela Polícia Militar do Distrito Federal, foi repercutida em plenário pelo deputado Prof. Reginaldo Veras (PDT) na tarde desta terça-feira (1º).
Veras, que é professor da Secretaria de Educação há mais de 20 anos, não quis entrar no mérito se as ocupações das escolas e universidades são justas ou injustas. Segundo ele, toda forma de manifestação, contando que seja feita de forma propositiva, é sempre válida.
“Hoje especificamente quero falar da desocupação do CEMAB, que aconteceu pela manhã, em Taguatinga. Os jovens que estavam ocupando a escola foram confrontados por outros jovens que tinham uma liderança hierarquizada e organizada, trazendo polarização e radicalismo para dentro do ambiente escolar – dilema político ideológico que a gente vive na política e na sociedade brasileira e que não é nada interessante”, disse.
O parlamentar, que esteve na instituição de ensino, aproveitou para parabenizar publicamente a Polícia Militar, que dentro das suas condições e como órgão repressor do Estado, agiu, ao seu ver, com extrema habilidade. Segundo ele, a PM conseguiu dispersar o grupo que tentava invadir a escola para retirar os ocupantes e manteve a segurança daquele ambiente.
“Acompanhei a desocupação, hoje cedo, que aconteceu a partir de uma determinação judicial para que os estudantes saíssem. Quero parabenizar o coronel Júlio César, comandante da operação, que se pautou pelo diálogo, diplomacia, conversação e não deixou que os grupos se confrontassem”, disse. “Ao final os grupos acabaram convencidos de que a decisão judicial deveria ser cumprida em plena paz e todos saíram absolutamente ilesos. Eu como parlamentar, professor da rede pública e presidente da Comissão de Educação, Saúde e Cultura (CESC), fui um mero intermediário deste poder Legislativo e, graças a Deus, à ação da PM e aos ocupantes, tudo terminou bem e nossos alunos saíram todos em paz”, completou.
O parlamentar informou aos presentes que a Casa marcará um debate sobre o tema, pois o assunto envolve toda a sociedade e o futuro da educação do Brasil e do Distrito Federal e finalizou sua fala parabenizando o processo de mobilização por meio do exercício da cidadania dos estudantes; a atuação da Comissão de Direitos Humanos da OAB, seccional de Taguatinga, que participou e intermediou também o processo; e por fim à Polícia Militar, que com muita sensatez e diálogo, conseguiu sanar o problema.
Ísis Dantas, da Assessoria de Imprensa