Desde o final do mês passado a Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) apura a suspeita de fraude no concurso da corporação, realizado em agosto. Na tarde desta quarta-feira (8), o assunto foi levado ao plenário da Câmara Legislativa pelo deputado Prof. Reginaldo Veras (PDT).
Na ocasião, o distrital cobrou da instituição esclarecimentos sobre o certame. Segundo ele, entre as “potenciais irregularidades” destaca-se o vazamento de questões logo após o início da prova.
“Chegou a público e também chegou até nós, indo inclusive parar no judiciário, várias denúncias de potenciais irregularidades no certame”, disse Veras. “Entre as irregularidades está o vazamento de questões. A prova começou às 14h e às 14h20 já estavam circulando nas redes sociais e em grupos de WhatsApp questões da prova. Vale ressaltar que tudo isso foi periciado pelo perito digital Túlio Rosa, está provado por uma perícia digital. Outra questão é que só havia um fiscal em sala, o que não é o recomendado. O correto seriam ter um fiscal de mesa e pelo menos mais dois fiscais por sala. Logo, quando o concursando ia ao banheiro ou o fiscal acompanhava quem ia ao banheiro ou ficava em sala olhando os demais. Além disso, outro erro grave foi cometido: em algumas salas os aparelhos celulares dos candidatos não foram recolhidos, o que é inadmissível”, completou o distrital.
O deputado aproveitou o espaço para externar sua estranheza com o fato de que até agora a PCDF não tenha divulgado uma nota oficial se manifestando a respeito do ocorrido.
“Vários estudantes entraram com Ação Civil Pública com provas substanciais”, relatou. “As denúncias, colocam o concurso em suspeição. Por isso, é fundamental que a corporação esclareça quais procedimentos estão sendo adotados para se averiguar os possíveis problemas do certame”, concluiu.