Não há dados estatísticos precisos, mas é fato que uma onda de violência tem afetado as escolas, públicas e privadas, do Distrito Federal nas últimas décadas. O ambiente que era tido como seguro passou a ser encarado como um local que inspira medo e gera insegurança.
Buscando discutir o tema e encontrar soluções para a problemática, a Câmara Legislativa, por iniciativa do deputado Reginaldo Veras (PDT), professor há mais de vinte anos, realizará audiência pública na próxima sexta-feira (22), às 15h, no plenário da Casa.
Não há dados estatísticos precisos, mas é fato que uma onda de violência tem afetado as escolas, públicas e privadas, do Distrito Federal nas últimas décadas. O ambiente que era tido como seguro passou a ser encarado como um local que inspira medo e gera insegurança.
Buscando discutir o tema e encontrar soluções para a problemática, a Câmara Legislativa, por iniciativa do deputado Reginaldo Veras (PDT), professor há mais de vinte anos, realizará audiência pública na próxima sexta-feira (22), às 15h, no plenário da Casa.
O intuito da discussão é primeiro tentar fazer um diagnóstico do fenômeno da violência no perímetro das escolas do Distrito Federal, em seguida apresentar mecanismos que possibilitem tanto ao poder público, como a comunidade escolar promover e monitorar ações preventivas nas escolas.
Foram convidados para enriquecer o debate o secretário de Educação, Júlio Gregório; o Secretário de Segurança Pública, Arthur Trindade; o Comandante Geral da Polícia Militar, Coronel Florisvaldo Ferreira César; o Comandante do Batalhão Escolar do DF, Tenente Coronel Júlio César Lima de Oliveira, além de representantes do Sindicato dos Professores do DF (SINPRO-DF), do Sindicato dos Professores em Estabelecimentos Particulares de Ensino do Distrito Federal (SINPROEP-DF), da Associação de Pais e Alunos (ASPA), da Promotoria de Defesa da Educação (PROEDUC), e interessados na temática.
Violência nas escolas do DF – A falta de segurança tanto no interior como nos arredores das escolas no Distrito Federal tem contribuído para vários problemas educacionais como a evasão escolar. Além de afetar diretamente o desempenho dos alunos, prejudica o trabalho dos professores e profissionais da educação.
Dentro das escolas a violência pode se manifestar na forma de violência física, simbólica e institucional. Os alunos geralmente praticam mais a violência física e verbal entre os colegas e também com os professores, incluindo agressões verbais, físicas com ou sem lesão e ainda ameaças. Eles também, em alguns casos dependendo do porte da escola, da cidade e região em que se encontra, praticam violência contra o patrimônio público da escola, pichando paredes, destruindo banheiros, quebrando vidros e outros danos.
Mas além da violência que acontece nas dependências da escola, é preciso ressaltar a necessidade de se discutir e desenvolver métodos eficazes para lidar com a violência que ocorre ao longo do perímetro escolar. Furtos, roubos, tráfico de drogas, violência sexual, são alguns tipos de atos que vitimizam educandos, docentes e a comunidade escolar.
Desde o início de 2015 pelo menos uma morte e 11 agressões já foram registradas em unidades de ensino do DF. No último dia 6 de abril, uma professora, cerca de vinte alunos e um porteiro do Centro de Ensino Fundamental 1 da Estrutural foram agredidos por um homem. Segundo o relato de policiais militares, o desconhecido entrou no CEF durante o intervalo das aulas e começou a série de agressões. Com a ajuda de funcionários da escola a PM conseguiu prender o agressor em flagrante. A professora foi levada para o Hospital de Base com suspeita de fratura na perna.
Poucos dias antes, no dia 25 de março, Diego Henrique Vicente Silva, 20 anos, foi assassinado a tiros dentro do Centro Educacional 6, em Taguatinga. A época, a hipótese da polícia era que o crime tenha ocorrido por uma briga entre gangues.
Ano passado durante uma briga em frente a uma unidade de ensino na Ceilândia deixou uma garota ferida no braço. A agressora teria usado estilete para ferir a colega. Outro episódio violento ocorreu numa tradicional escola da Asa Sul em 28 de fevereiro de 2014. Um adolescente foi baleado no pátio do Caseb, na 908 Sul. Tanto a vítima, como o jovem que efetuou o disparo eram alunos do colégio.
Outro caso emblemático foi o assassinato do então diretor do Centro de Ensino Fundamental nº 4 do Lago Oeste, Carlos Mota, de 44 anos. Ele foi assassinado na própria casa, em uma chácara da região, em 20 de junho de 2008. De acordo com a polícia o homicídio foi motivado por uma discussão entre ele e Gilson de Oliveira, 31 anos, que teria ido ao colégio para cobrar dívidas de drogas de estudantes.
Batalhão Escolar – Preocupada com o aumento da violência nas escolas, a Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF) começou em 1988 a formar policiais para compor o Batalhão Escolar. Em novembro de 1989, por meio do Decreto nº 11.958 foi criado o Batalhão Escolar, com a função de “coibir e reprimir” algumas situações de violência nas escolas e oferecer maior tranquilidade e segurança à comunidade escolar.
Hoje, 420 militares se revezam no monitoramento de 1.190 unidades de ensino, entre colégios públicos e particulares. Um conjunto de ações de prevenção, repressão e de trabalho comunitário é feito para conter a onda de violência no perímetro das escolas.
Serviço:
Audiência Pública para discutir a segurança pública no perímetro das escolas do DF
Data: 22 de abril de 2015
Horário: 15h
Local: Plenário da Câmara Legislativa do DF
Ísis Dantas (Assessoria de Imprensa)