O presidente da Comissão de Educação, Saúde e Cultura (CESC), deputado Prof. Reginaldo Veras (PDT), utilizou a tribuna na tarde desta terça-feira (13) para repercutir o resultado do Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb) e conclamar a sociedade para que faça um pacto pela educação.
Segundo Veras, o resultado ruim não reflete na plenitude da situação educacional no país, mas aponta para o fato de, no Brasil, a educação não ser tratada como prioridade nem pelo Estado, nem pelos Governos e o pior, nem pela sociedade.
“Precisamos de ações estruturais para que consigamos, a médio e longo prazo, mudar a realidade que se impõe hoje. Não será possível melhorar o rendimento dos nossos alunos se não ofertarmos infraestrutura adequada, merenda e professores para atender todos os estudantes”, disse.
PDAF – O parlamentar aproveitou para incentivar os colegas a destinarem recursos, através de emendas ao orçamento, para o Programa de Descentralização, Administrativa e Financeira (PDAF). Com tais recursos os diretores das escolas podem proceder com pequenas reformas e adquirir matérias de consumo que as unidades escolares precisem, de forma rápida e menos burocrática.
“Em 2016 já destinamos, através de emendas, quase R$3 milhões para o PDAF. Com esses recursos ajudamos várias escolas a realizarem pequenas reformas, como também alguns projetos pedagógicos”, falou. “ Se incrementarmos os recursos pra o programa teremos uma melhora significativa na infraestrutura das escolas, o que melhorará bastante situação das escolas públicas do DF”, concluiu.
IDEB 2015 – O Ideb é calculado a cada dois anos. Os resultados da prova foram coletados no ano passado e apontam que a situação continua ruim, principalmente no ensino médio, etapa que vai do 1º ao 3º ano (antigo colegial) ficou em 3,7 –numa escala que vai de 0 a 10. A média esperada para a etapa do ensino era de 4,3.
No Ideb 2015 apenas os anos iniciais do ensino fundamental (1º ao 5º ano, antigo primário) conseguiram bater a meta (4,9) com o resultado de 5,5.
Os anos finais, do 6º ao 9º ano registraram 4,5, abaixo da meta de 4,7. A evolução em qualidade nessa etapa ficou abaixo do esperado.
Desde que o índice foi criado, os anos iniciais têm apresentado melhor desempenho, e o ensino médio tem tido mais dificuldade de avançar a qualidade.
O que é o Ideb? – Criado em 2007, o Ideb é o índice que avalia a qualidade dos ensinos fundamentais e médio em escolas públicas e privadas. A “nota” do ensino básico varia numa escala de 0 a 10. Conforme meta do MEC, o Brasil precisa alcançar até 2021 a média 6 nos anos iniciais do ensino fundamental.
O indicador é divulgado a cada dois anos e é calculado com base nos dados do Censo Escolar (com informações enviadas pelas escolas e redes), e médias de desempenho nas avaliações do Inep (Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira), como a Prova Brasil.
Ísis Dantas, com informações do Uol.