A demora para a realização do certame para a Companhia de Desenvolvimento Habitacional do DF (Codhab) foi duramente criticada pelo deputado Prof. Reginaldo Veras (PDT) na sessão ordinária desta quarta-feira (24).
O parlamentar informou aos presentes que o prazo para a realização do concurso já expirou duas vezes. Inicialmente o prazo terminaria em junho do ano passado, mas foi prorrogado por mais um ano por lei aprovada na Câmara. O novo prazo expira no próximo mês e o GDF já encaminhou projeto solicitando a prorrogação por mais um ano.
Veras defendeu que a prorrogação só seja concedida até 31 de dezembro deste ano e cobrou do governo a realização da seleção.
“Um dos grandes problemas da Codhab é a falta de continuidade na prestação de serviços. Aproximadamente 92% dos cargos do ógão são comissionados e terceirizados”, disse. A única forma de se prestar um serviço público com um mínimo de qualidade é com continuidade na prestação. E quem dá continuidade à prestação de um serviço é o servidor de carreira. O comissionado agrega, o comissionado ajuda, ele complementa, mas não dá continuidade, até porque ele é temporal. O governo precisa entender que não se faz política pública na área de habitação sem um quadro de pessoal capacitado e permanente”, completou Veras.
Na ocasião, o parlamentar também criticou a qualidade do projeto apresentado pelo GDF. Segundo ele, a proposta precisa ser refeita pelo governo, pois apresenta, entre outros problemas, que a “estimativa de despesa é de xxx, numa clara demonstração de que o texto não foi finalizado corretamente”, afirmou.
PDAF – Ainda durante a sessão ordinária desta quarta-feira (24) Reginaldo Veras falou sobre a importância do Programa de Descentralização Administrativa e Financeira (PDAF) para os reparos e gestão das escolas públicas do Distrito Federal.
O parlamentou, que é um entusiasta do programa, contou que esteve numa escola em Brazlândia e mais uma vez constatou a eficácia do PDAF. Ele comparou o gasto de cobertura de uma quadra esportiva, no valor total de R$ 140 mil, com os preços praticados pelo setor da construção, em torno de R$ 600 mil, para defender que o programa melhora o uso dos recursos públicos.
“Eu volto a bater nessa tecla e vou brigar por isso até o fim, porque quando resolvi me candidatar eu falei que iria lutar para que o recurso público fosse investido com racionalidade, com moralidade e com ética. E me digam como é que uma mesma obra que custa seiscentos mil no orçamento de João, mas Chico consegue fazer por cento e trinta? Eu tenho a resposta. Evito falá-la, mas deixo o questionamento”, finalizou.