A Comissão de Educação, Saúde e Cultura (CESC) da Câmara Legislativa realizou a primeira reunião do ano na manhã desta quarta-feira (24). Na ocasião, o presidente da comissão, deputado Prof. Reginaldo Veras (PDT), apresentou o calendário anual de reuniões ordinárias, que deverão ocorrer às quartas-feiras, em semanas alternadas. Além disso, Veras e os demais membros da CESC começaram a fazer um planejamento de ações para 2016.
Wasny de Roure (PT), integrante da comissão, sugeriu que neste ano a CESC se concentre mais na área da saúde. “Essa comissão precisa tomar a iniciativa de mobilizar a sociedade para questões de saúde pública. Considero que já fizemos um amplo trabalho na área de educação, discutindo e aprovando o Plano Diretor de Educação e também em outras questões, como os Centros de Línguas. Agora é a vez de nos concentrarmos mais nos problemas da saúde”, afirmou Wasny.
O deputado Rafael Prudente (PMDB) defendeu a realização de visitas não-agendadas em hospitais públicos do DF. “As visitas são essenciais para verificarmos os problemas e buscarmos soluções, mas elas só são eficientes quando realizadas sem aviso prévio”, disse. Ainda sobre saúde, Reginaldo Veras anunciou a realização de audiência pública no próximo dia 14 de março sobre a implantação de organizações sociais nos serviços de saúde.
Educação – A possibilidade de reeleição para o cargo de direção das escolas públicas do DF será discutida em audiência pública, que acontecerá no próximo dia 4 de abril. O requerimento para realização do debate foi apresentado pelo deputado Reginaldo Veras. “A função de diretor de escola é uma das mais sacrificantes, pois tem uma carga de trabalho de praticamente 24 horas, carrega uma responsabilidade enorme e enfrenta grandes dificuldades. Esse cargo representa um acréscimo de remuneração de cerca de R$ 2 mil, o que configura praticamente um trabalho voluntário. Muitas escolas têm mais de mil alunos, o que dá a dimensão dos desafios que enfrentam esses gestores. Como os mandatos estão terminando, precisamos discutir uma alteração na lei de gestão democrática para permitir a recondução dos diretores, pois do contrário muitas escolas vão ficar sem candidato ao cargo”, explicou Veras.
Luzia de Paula (REDE) relatou que muitas famílias estão enfrentando dificuldades para levar os filhos à escola. “O governo garantiu matrícula para as crianças em 2016, mas muitas famílias reclamam que não têm condições de levar e buscar os filhos na escola. São pais de baixa renda que trabalham o dia inteiro e a matrícula em escolas afastadas de seus lares torna quase impossível manter as crianças na escola sem comprometer a jornada de trabalho”, afirmou. Reginaldo Veras observou que “as salas estão abarrotadas de alunos, o que traz à tona a necessidade de construção de novas salas e de escolas pelo governo”.
Texto: Éder Wen, da Coordenadoria de Comunicação Social da CLDF, com alterações