Na tarde desta terça-feira (30/04), o deputado Prof. Reginaldo Veras(PDT) ultilizou o comunicado de parlamentares para sair em defesa da UnB, depois que o ministro da Educação, Abraham Weintraub, anunciou um corte de 30% nas verbas da Universidade de Brasília, Universidade Federal Fluminense e Universidade Federal da Bahia.
O parlamentar, que sempre fez críticas veladas ao ex-ministro da Educação, Ricardo Velez, disse não se surpreender com a atuação do atual ministro, “o que estava ruim ficou ainda pior”.
Na ocasião, Veras condenou declarações recentes do ministro contra os cursos de filosofia e sociologia, que classificou como “insanidades” e concluiu que ele não tem capacidade para o cargo.
Cortes – O Ministério da Educação (MEC) anunciou o corte de recursos de universidades que não apresentarem desempenho acadêmico esperado e, ao mesmo tempo, estiverem promovendo “balbúrdia” em seus câmpus.
Três universidades já foram enquadradas nesses critérios e tiveram repasses reduzidos: a Universidade de Brasília (UnB), a Universidade Federal Fluminense (UFF) e a Universidade Federal da Bahia (UFBA), disse. Segundo ele, a Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF), em Minas Gerais, está sob avaliação.
De acordo com Weintraub, universidades têm permitido que aconteçam em suas instalações eventos políticos, manifestações partidárias ou festas inadequadas ao ambiente universitário.
Segundo o MEC, as três universidades tiveram 30% das suas dotações orçamentárias anuais bloqueadas, medida que entrou em vigor na semana passada. Os cortes atingem as chamadas despesas discricionárias, destinadas a custear gastos como água, luz, limpeza, bolsas de auxílio a estudantes, etc. Os recursos destinados ao pagamento de pessoal são obrigatórios e não podem ser reduzidos.
Educação foi a pasta que mais sofreu bloqueio em termos absolutos. Ainda que o corte tenha sido proporcionalmente menor do que o de outros ministérios, foi um duro baque. A Lei Orçamentária estabelecia cerca de R$ 23,7 bilhões para despesas discricionárias na Educação como um todo. O governo bloqueou, portanto, quase 25% do dinheiro que estava reservado para custear esses gastos.