Não quero entrar no mérito propriamente dito se isso é função do estudante, se é justo ou injusto. O importante é que são jovens. Toda forma de manifestação, contando que seja feita de forma propositiva, ela é sempre interessante. Hoje especificamente quero falar da desocupação do CEMAB, em Taguatinga. Os jovens que estavam ocupando foram confrontados por outros jovens que tinham uma liderança hierarquizada e organizada, trazendo polarização e radicalismo para dentro do ambiente escolar – dilema político ideológico que a gente vive na política e na sociedade brasileira e que não é nada interessante.
Estive lá e venho parabenizar publicamente a Polícia Militar, que dentro das suas condições e como órgão repressor do Estado, agiu, ao meu ver, como extrema habilidade; conseguiu dispersar o grupo que tentava invadir a escola para retirar o outro e manteve a segurança daquele ambiente.
Também acompanhei a desocupação, hoje de manhã, a partir de uma determinação judicial para que os estudantes saíssem. Quero parabenizar o coronel Júlio César, comandante da operação, que pautou pelo diálogo, diplomacia, conversação e não deixou que os grupos se confrontassem. Ao final os grupos acabaram convencidos de que a decisão judicial deveria ser cumprida em plena paz e todos saíram absolutamente ilesos.
Eu como parlamentar, professor da rede pública e presidente da CESC, fui um mero intermediário deste poder Legislativo e, graças a Deus, à ação da PM e aos ocupantes, tudo terminou bem e nossos alunos saíram todos em paz.
Vamos marcar um debate pois esse é um assunto que envolve toda a sociedade e o futuro da educação do Brasil e do DF. Finalizo minha participação parabenizando o processo de mobilização por meio do exercício da cidadania dos estudantes; a atuação da Comissão de Direitos Humanos da OAB, seccional de Taguatinga, que participou e intermediou também o processo; e por fim à Polícia Militar, que com muita sensatez e diálogo, conseguiu sanar o problema.
Deputado Prof. Reginaldo Veras (PDT)
*Discurso extraído da sessão ordinária do dia 1 de novembro de 2016.