Por Ísis Dantas
Uma investigação da Controladoria-Geral da União, feita em farmácias de medicamentos de alto custo no Brasil, foi tema do pronunciamento do deputado Prof. Reginaldo Veras (PDT) na tarde desta quarta-feira (30). O parlamentar, que tem uma boa relação com o pessoal que trabalha nas farmácias de alto custo, aproveitou o espaço da tribuna para dizer buscou saber o que estava acontecendo e esclarecer os fatos.
“ A chefe da farmácia de alto custo, a Waleska, é uma ex-aluna nossa, muitas meninas que trabalham lá são ex-alunas nossas, por isso a proximidade com os trabalhadores da unidade. Somado a isso, como já tínhamos visto algumas reportagens de mal atendimento nas farmácias de alto custo, fomos lá descobrir o porquê e mandamos emendas parlamentares que inclusive já estão sendo executadas tanto para a melhoria do atendimento como, no caso cinco milhões de reais, para a aquisição de medicamentos de alto custo. Fui então entender a divulgação desse estudo da CGU, que se refere ao período anterior a 2014”, disse.
Veras informou que, segundo relatos dos trabalhadores da farmácia, o principal fator motivador da perda de remédios era justamente a falta de infraestrutura.
“Não havia freezers adequados, não havia um controle de temperatura adequado. Ou seja, a falta de investimentos na infraestrutura, no armazenamento dos medicamentos, é que levava à perda de medicamentos. Havia uma irresponsabilidade do Estado e não daqueles que gerenciam ali a base”, esclareceu.
O distrital disse ainda que a chefe da farmácia de alto custo está enviando um relatório para a Comissão de Educação, Saúde e Cultura (CESC) e que ela se colocou absolutamente à disposição para comparecer à CESC para prestar os esclarecimentos referentes a essa investigação da CGU.
“Fiz questão de fazer essa abordagem porque acompanho a dedicação dos profissionais que trabalham nas farmácias de alto custo, para não ficar aquela história de que foi o mal gerenciamento, a má administração por parte deles. Ou seja, foi a falta de condições de trabalho e não a falta de empenho dos servidores”, disse Veras.