Violência, precariedade na infraestrutura das unidades de ensino, falta de profissionais e situação do repasse do Programa de Descentralização, Administrativa e Financeira (PDAF) foram alguns dos temas discutidos com o coordenador da Coordenação Regional de Ensino (CRE) de Taguatinga, Juscelino Carvalho, diretores e vice-diretores das escolas da localidade.
A reunião, que aconteceu nesta quinta-feira (23), no Centro Educacional (CED) 04 da cidade, faz parte de um calendário de encontros promovidos pela Comissão de Educação, Saúde e Cultura (CESC) com os coordenadores das 14 Coordenações Regionais de Ensino (CREs) do Distrito Federal. O intuito é ouvir as críticas e sugestões dos gestores para tentar encontrar soluções para os problemas das escolas do DF.
O Presidente da CESC, deputado Professor Reginaldo Veras (PDT), que desde 2015 tem percorrido inúmeras escolas para verificar as condições das unidades de ensino, aproveitou a ocasião para ressaltar seu empenho e de outros deputados em destinar recursos, via emenda parlamentar, para o PDAF.
“ Transformar o PDAF em unidade orçamentária foi uma grande vitória. Os valores recebidos pelos diretores são melhor geridos, além disso eles sabem as necessidades pontuais de suas escolas”, disse. “ No Plano Distrital de Educação (PDE), aprovado em 2015, ficou estabelecido que o Executivo enviará à Casa um projeto de lei que regulamentará os repasses do PDAF. O prazo para envio do PL é até 14 de julho. Com a regulamentação os diretores terão maior segurança e a previsão de quando o repasse acontecerá, isso trará tranquilidade e possibilitará um melhor planejamento para a utilização do recurso”, completou.
Veras deixou claro que seu gabinete está aberto para ouvir as demandas dos gestores e profissionais de educação e ressaltou que o maior compromisso de seu mandato parlamentar é com a educação.
“Minha meta é até o fim do meu mandato visitar pelo menos 80% das escolas públicas do DF. Ano passado visitamos mais de 100 unidades de ensino, fruto dessas visitas elaboramos um relatório apontando a real situação das escolas e entregamos o documento ao governador, ao secretário Júlio Gregório e ao presidente do Tribunal de Contas do DF (TCDF), Renato Rainha”, finalizou.
Faltam recursos para investimento – O secretário de Educação, Júlio Gregório, também participou do encontro e aproveitou a ocasião para apresentar a execução orçamentária da pasta em 2015. Ele ressaltou que 83% do orçamento da Secretaria de Educação em 2015 foi para pagamento de pessoal, o que segundo ele, acaba inviabilizando investimentos na área. Para Gregório o aumento dos repasses do PDAF contribuiu para que os gestores pudessem de alguma forma superar a crise e a falta de investimentos.
“ Ano passado foi o ano que mais se liberou recursos para o PDAF, com isso os diretores e seus vices puderam fazer alguns ajustes e melhorias nas escolas”, disse. “Se algo foi feito na educação do DF foi graças a vocês. Infelizmente, por falta de recursos, a gestão central não conseguir fazer muito”, completou.
Ísis Dantas, da Assessoria de Imprensa