Foto: Thiago Alves

Taguatinga: De cidade dormitório a polo comercial

Fundada em 1958, a Região Administrativa III nasceu para ser uma cidade dormitório. O Plano Urbanístico de Brasília previa que a localidade abrigasse os pioneiros, afinal a Cidade Livre – conhecida hoje como Núcleo Bandeirante – estava superpovoada. Apesar da pretensão de Lúcio Costa, a Vila Sarah Kubitschek ou Santa Cruz de Taguatinga, nomes que a região ganhou de início, tinha um potencial enorme e acabou se tornando a populosa e diversificada Taguatinga.

A cidade cresceu em pouquíssimo tempo. Apenas seis meses depois da chegada dos primeiros moradores, a região já possuía escolas, hospitais e estabelecimentos comerciais. Essa característica perdura até hoje e é por isso que a chamamos de “capital econômica do Distrito Federal”. São 12 mil empresas, 100 mil trabalhadores e um grande comércio que abastece a população estimada em 221 mil habitantes. Em Taguatinga encontra-se de tudo. Pense em qualquer produto ou serviço: o comércio com certeza irá atendê-lo.

A cultura do comércio de rua pode ser observada em qualquer parte da cidade. A Avenida Comercial oferece aos moradores uma infinidade de lojas de roupas e calçados, móveis, artigos para festas e variedades à venda no atacado e no varejo. A cidade também abre espaços para feiras típicas ou temáticas na Praça do Bicalho e na Praça do DI, onde podem ser encontradas comidas típicas. Há também a Feira dos Goianos, conhecida pela venda de produtos com preços acessíveis.

Outro diferencial da cidade são os movimentos culturais. Desde a década de 80, Taguatinga vem formando artistas e promovendo atrações no âmbito cultural. Nesse contexto não podemos esquecer do Teatro da Praça, palco de apresentações das primeiras bandas de rock de Brasília, e nem de 1983 – ano importantíssimo para a cultura local após a 1ª Semana de Arte e Cultura de Taguatinga. Com 58 anos de história, Taguatinga abriga hoje os seus grupos de resistência cultural e política no Mercadão Sul e no Bar do Careca, na CNF.           

Mas uma cidade não se faz só de história e comércio. É o sentimento pelo local que nos dá a sensação de pertencimento. Pular o muro do Clube Primavera para ter um domingo de lazer; frequentar a boate Opus 4; passar raiva esperando ônibus no Taguacenter e ver sua filha amada nascer na Clínica Vida é que fazem desta cidade parte da minha existência. Sem querer despertar os ciúmes da minha querida Ceilândia, digo: eu te amo Taguatinga.

Deputado Distrital Prof. Reginaldo Veras

Sobre Anna Cléa Maduro

Jornalista. Assessora atualmente o deputado federal Prof. Reginaldo Veras (PV-DF).

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